Dentro do gênero Brachygobius há diversas espécies chamadas de abelhinha, que vão desde o esquisito B. mekongensis até o B. nunus, o mais comum em nossas lojas. Como a maioria dos peixes de água salgada que também sobrevivem em água doce, o abelhinha requer cuidados especiais. A água deve ser salobra, na proporção de uma colher de sobremesa de sal marinho para 10 litros de água filtrada. A alimentação deve ser caprichada, bloodworms e artêmias, sem descuidar da parte vegetal e sem esquecer da boca diminuta do peixe.
Um hábito dele que chama atenção é o de aderir nos vidros com a ventosa peitoral. Se o aquário for bem plantado, ajudando na ambientação e oferecendo alimento – mordiscadas nas plantas são inevitáveis, o abelhinha preferirá ficar pelas folhas. Geralmente, o abelhinha se espalha pelo aquário. Cada exemplar escolhe um território e é engraçado ver os invasores sendo perseguidos até abandonarem as fronteiras imaginárias.
A temperatura deve ficar em pelo menos 25°C, no inverno não dispense um aquecedor. O ideal para reprodução é levá-la aos 28-30°C. O pH, como se imagina por ser um peixe marinho, deve ficar acima de 7,0, sendo o ideal chegar a 8,0. Esses peixinhos também tomam conta dos ovos, ficando agressivos nessa época. O abelhinha não tem um nível preferencial, pode ser que um escolha uma planta, outro o vidro e quem sabe mesmo uma pedra no fundo do aquário para ficar. Mantenha-o em cardumes, idealmente só com peixes da mesma espécie, e em aquários de no mínimo 50 cm, para uma boa divisão de território.
Aquário comprado, já definiu o layout, com um tronco e uma raiz saindo por detrás de um belo arranjo de pedras e que será cercado por lindas plantas aquáticas, então é só encher de água e pronto não é? Não! Todo material a ser utilizado num aquário deve ou pelo menos deveria ser tratado previamente antes de ser inserido no mesmo, pois podem conter bactérias, parasitas, fungos, ovos de insetos e caramujos e os esporos das famigeradas algas que apesar de importantes num ecossistema é o terror de muitos aquaristas. Uma simples lavada debaixo de água corrente pode não ser suficiente para resolver os problemas acima, então o que fazer? Ai é que entra o nosso aliado, o Permanganato de Potássio. O permanganato de potássio foi descoberto em 1659 pelo químico alemão Johann Rudolf Glauber, quando fundiu uma mistura do mineral pirolusita com carbonato de potássio. Nessa fusão obteve um material que dissolvido em água formou uma solução verde de manganato de potássio que, lentamente, ...