Conhecendo algumas especies

Carpas dentadas vivíparas

Espada - Xiphophorus helleri

Origem - Sul do México à Guatemala.

Comprimento - Até 12 cm.

Água - Medianamente dura e alcalina; 22-27º C

Dimorfismo sexual - No macho, a parte inferior da caudal tem um longo prolongamento. Também se distingue pelo gonopódio.

Coloração - As espécies selvagens são verdes, mas nas formas criadas surgem as mais diferentes variedades de coloração.

São peixes pacíficos e resistentes. Por vezes mudam de sexo; geralmente são as fêmeas que passam a machos férteis. Dada a semelhança dos gonopódios, é possível o cruzamento com os Platys. Em todas as fêmeas é visível uma mancha escura de gravidez na parte traseira do corpo. É muito decorativo para um aquário comunitário.

O peixe Espada é muito conhecido pela sua cauda longa e pontiaguda além da sua coloração vermelha. Em grego o nome Xiphophorus, significa portador de espadas. Porém, este nome não se deve, como muitos acreditam, à cauda do macho, que possui um prolongamento inferior com a forma de uma espada, mas sim, ao formato do gonopódio, o seu órgão copulador, que é sustentado por uma dobra de pele em forma de bainha.

Esta espécie, a Xiphophorus Helleri, originária da América Central, tem comportamento pacífico, porém dependendo do seu habitat, os machos podem tornar-se agressivos. Eles vivem em temperaturas em torno de 20º e nunca devem ser mantidos em temperaturas abaixo de 25º pois podem adoecer e alimentar-se pouco. 

Para cada macho deve haver três fêmeas. Eles adoram correr atrás delas (malucos !!) e com isso as fêmeas acabam se stressando. O macho difere da fêmea por ter um raio inferior na cauda, que lembra a lâmina de uma espada, já a fêmea de coloração menos intensa tem a cauda em forma de leque e é maior do que o macho. Em cativeiro o macho pode atingir 8 cm e a fêmea 10 cm.

A alimentação do peixe espada não é muito exigente. Basta uma boa ração. Pode viver de 2 a 3 anos. É bom que se mantenha o aquário tapado, pois o Espada é um excelente saltador. 

REPRODUÇÃO

O Espada é vivíparo, ou seja, reproduz-se  através de fecundação interna (cópula). Os alevinos (filhotes) já nascem com a forma adulta, só que menores. A reprodução em aquários, permitiu obter uma variedade bastante diversificada tais como: Espada Negro, o vermelho sangue, o Albino, o Wagtail (de barbatanas pretas), o Tuxedo (com manchas negras por todo o corpo) e vários outros tipos, que além da diversificação da cor, possuem a cauda em forma de lira ou véu.

É fácil saber quando a fêmea engravidou, pois quando isto ocorre, ela apresenta uma grande mancha negra na base do oviduto. Também um pouco antes de nascerem pode-se ver os olhos dos alevinos através da fina parede abdominal. A fêmea depois de grávida, dará crias em 40 dias, em torno de 50 a 100 alevinos. Após o parto, os filhotes irão se refugiar para escaparem de serem devorados pelos pais.  

CURIOSIDADES

Alguns aquaristas e cientistas, já observaram o fenómeno da mudança de sexo na fêmea do Espada. Certas fêmeas, depois de algum tempo de vida, quando os ovários param de funcionar, têm a barbatana anal transformada em gonopódio, ou seja, a cauda começa a se desenvolver na famosa espada masculina. No entanto esta teoria é rejeitada por alguns estudiosos, visto que o macho leva muito tempo para atingir a maturidade e desenvolver as características sexuais secundárias. Neste período antes do desenvolvimento o macho tem o corpo roliço como as fêmeas adultas, resultando para este grupo de estudiosos essa teoria enganosa de "mudança de sexo".

DESCRIÇÃO: a curiosidade já começa com o seu nome científico, pois em grego o nome Xiphophorus, significa portador de espadas. No entanto este nome não se deve, como muitos acreditam, à cauda do macho, que possui um prolongamento inferior com a forma de uma espada. Mas sim ao formato do gonopódio, o seu órgão copulador, que é sustentado por uma dobra de pele em forma de bainha. Este peixe é imbatível em popularidade. Quase todo a gente já conhece, já viu ou já criou um deles. A distinção do sexo é fácil, o macho tem um raio inferior na cauda, que lembra a lamina de uma espada, a fêmea tem a cauda em forma de leque, e também é maior que o macho e tem a coloração menos intensa.  No cativeiro o macho pode atingir 8 cm e a fêmea 10 cm. Podem viver de 2 a 3 anos, porém são sensíveis ao frio e doenças.   É bom que se mantenha o aquário tapado, pois o Espada é um excelente saltador. 

Guppy - Lebistes reticulatus

Origem - Norte da América do Sul

Comprimento - Macho 3 cm e fêmea 6 cm.

Água - Limpa e ligeiramente alcalina; 21-30º C

Dimorfismo Sexual - Macho mais colorido, de menor tamanho e com gonopódio.

Coloração - As espécies selvagens são castanhas acinzentadas. As variedades seleccionadas têm as mais variadas cores e formas de barbatanas.

É indiscutivelmente o peixe mais popular na aquariofilia. E tem boas razões para isso: é resistente, pequeno, pacífico. colorido e de reprodução mais que fácil. Bastantes aquariófilos dedicam-se totalmente aos Guppys, desenvolvendo variedades com as mais diversas colorações e formas de barbatanas (lira, véu, espada, etc.). Reproduz-se pelo menos uma vez por mês.

Lebiste

Um dos peixes mais populares do mundo

O Guppy, também conhecido como Lebiste, está entre os peixes mais populares do mundo. É nativo da América Central e do norte da América.
Possui uma variedade de cores tão extensa que é possível afirmar que não existe um exemplar igual ao outro. No seu estado selvagem, apresenta cor verde-oliva. Porém, em cativeiro o corpo e as barbatanas dos machos são mais vistosas com cores e desenhos diversos. Já as barbatanas caudais podem ter vários formatos, como leque, delta, lira, garfo entre outros.
As fêmeas de Guppy, em geral, têm barbatanas menores e coloração pouco intensa, sendo de tamanho maior que os machos.
O Lebiste é uma espécie pacífica e sociável e pode ser criada em aquários comunitários. Um cuidado essencial é não juntar este peixe com outros maiores já que podem atacar ou mesmo encará-lo como presa.
A alimentação é a base de tubifex, artémia, dáfnias, larvas e ração. Reproduz-se com muita facilidade e quando adultos medem 3 a 6 cm.  Os filhotes devem ser separados dos pais logo ao nascerem, para que não sejam devorados.

guppy.jpg (17299 bytes)

DESCRIÇÃO: O Guppy é um peixe extremamente pacifico, tem um nado lento, corpo pequeno e cauda lindíssima. É encontrado na Bacia Amazónica. Não é muito exigente quanto a alimentação, porém devemos providenciar uma que seja de boa qualidade. Os Guppys devem ser criados sozinhos em aquários, pois devido ao tamanho de seu pequeno corpo ( a média de tamanho do macho é de 4 cm ) e a cauda longa, faz com que seu nado seja lento, por isso é uma presa fácil para os predadores.  A mudança brusca de temperatura, também é um problema e não deve existir, o ideal é mantê-la em torno dos 26 a 28 G. devemos monitora-la com um bom termostato. 

Distinguir machos e fêmeas não é nenhum problema, pois a fêmea não tem a cauda  colorida  e longa  do macho, e também é um pouco maior no tamanho do corpo. Quanto aos filhotes na quarta semana de vida já se pode distinguir os sexos pela coloração do corpo e cauda. 

REPRODUÇÃO: Sua reprodução e bastante simples, pois o macho é um insaciável namorador procura a fêmea a todo o instante, portanto é bom que para cada macho se tenha 4 fêmeas. Após haver o acasalamento em pouco dias a fêmea começará a ficar barriguda e dentro de 40 dias ela irá parir os filhotes ( o guppy é um peixe vivíparo, onde os ovos se desenvolvem no interior da fêmea, ao parir, os alevinos já saem nadando ) em média 50 filhotes. Recomenda-se que o aquário deva ser bem plantado para oferecer um abrigo aos filhotes, para não sofrerem ataques dos próprios pais e dos outros adultos.

          Para alimentar os filhotes devemos oferecer "nauplius de artémia que são inseridos no aquário. Os filhotes também se alimentam  de rações para alevinos. Estes alimentos devem ser oferecidos na superfície e centro do aquário.

Molly Velifera - Mollinesia velifera ou latipinna

Origem - E. U. A., da Carolina até ao Yucatan.

Comprimento - Até 12 cm (embora costume ser mais pequeno no aquário).

Água - Alcalina, com um pouco de sal (uma colher de chá de sal por cada 10 litros de água do aquário); 24-30º C.

Dimorfismo Sexual - Macho mais esguio, com gonopódio e a barbatana dorsal maior.

Coloração - Quando selvagem, com o dorso acastanhado e flancos esverdeados, com fileiras de pontos vermelhos.

São geralmente pacíficos para as outras espécies. Os machos, quando intimidados, ficam de barbatanas abertas. Reproduzem-se com facilidade, e uma fêmea grande pode ter até 120 crias por postura. Os machos, e em particular os selvagens, desenvolvem barbatanas dorsais em forma de vela, usualmente mantidas erectas com rigidez.

DESCRIÇÃO: É um peixe bastante interessante e muito popular,  a espécie mais comum é a de cor negra, dificilmente uma loja do ramo não as encontraremos para comprar. Nos bons livros da área de piscicultura, dizem que a Molinésia não é um peixe de água doce e sim salobra, mas convivem bem na água doce. Para conseguir que a água fique salobra, existem duas opções: ou colocamos no aquário 20% de água marinha, ou 1 colher de sal para cada litro de água do aquário. Gostam de se alimentar de algas e vegetais, também aceitam rações diversas, mas  preferem a base de vegetais. Pela sua agilidade, a molinésia gosta de bastante espaço, nada em todos os níveis da água, e se não houver o espaço suficiente, deixará de crescer até o seu tamanho normal em cativeiro que é de 10 cm. Como o macho desta espécie tem um apetite sexual exacerbado, devemos manter no aquário 5 fêmeas para cada macho (isso é que é vida !).

REPRODUÇÃO: A reprodução é idêntica a do Guppy , quanto ao acasalamento, alevinos e distinção de sexo. 

Platy - Xiphophorus maculatus

Origem - Sul do México, na Guatemala e nas Honduras.

Comprimento - Macho, até 4 cm; as fêmeas são um pouco maiores (até 6 cm).

Água - Medianamente dura e alcalina; 22-28º C.

Dimorfismo sexual - O macho tem gonopódio.

Coloração -Tem as mais variadas colorações.

São peixes pacíficos e resistentes. Por vezes mudam de sexo; geralmente são as fêmeas que passam a machos férteis. Dada a semelhança dos gonopódios, é possível o cruzamento com os Espadas. Em todas as fêmeas é visível uma mancha escura de gravidez na parte traseira do corpo. É muito decorativo para um aquário comunitário.

DESCRIÇÃO: O Platy, têm tudo para atrair qualquer criador. São alegres e dóceis. Convive muito bem com espécies pacificas como ele, e torna o aquário muito mais colorido. Tem como origem os lagos e lagoas das planícies da costa Atlântica do México, Guatemala e Honduras. À anos que vem tendo um melhoramento genético, o que fez com que se obtivesse uma gama infinita de matizes, que além de enfeitar o aquário, proporciona possibilidades de criar-se ainda outras cores. Atinge 10 cm de comprimento em cativeiro quando adulto.

Como são peixes pequenos e calmos, pode-se criá-los em aquários não muito grandes ( cerca de 30 litros), comunitários ou não. A água deve ser entre média e dura, com pH de 7.0 a 7.4, dH de 4 a 6, temperatura de 23 a 28 graus ( quando procriando o ideal é mantê-la em 27 graus).  Pode-se adicionar uma colher de sal marinho para cada dez litros de água, para um melhor desenvolvimento do peixe.

Por ser uma espécie omnívora (come de tudo) o platy não é nada exigente quanto à alimentação,  a sua dieta pode-se compor com dáfnias, larvas de mosquito, vegetais, alimentos secos à base de carne e especialmente as algas verdes, que crescem nos laterais do aquário. Devemos oferecer as refeições 2 a 3 vezes ao dia, pois os mesmos gastam muita energia por estarem constantemente em movimento, consequentemente exigem mais alimentos.

REPRODUÇÃO: Reprodução do platy é muito simples e fácil, o macho após o tradicional namoro acasala com a fêmea num único e rápido movimento, colocando nela os seus espermatozóides através do gonopódio (a fertilização é interna). A fêmea irá gerar no seu interior de 10 a 150 filhotes, que vão nascer entre 4 ou 6 semanas depois  e medindo cerca de 7 mm. É só esperar para ver as cores que se conseguiu. Os alevinos desenvolvem-se mais rápido e sobreviverão mais facilmente se além da temperatura (acima de 22 graus) a água for verde (rica em algas verdes). Os machos e fêmeas do platy também podem cruzar-se com o peixe espada (parente próximo), pois o namoro de ambos é comum e muito similar, dai gerando híbridos bonitos e férteis. O canibalismo entre esta espécie é muito comum, sendo que os filhotes precisam fugir dos pais para não serem devorados, ao se observar este facto com muita frequência, devemos colocar uma criadeira ( uma tela estendida no meio do aquário separando os alevinos dos adultos). 

Ciprinídeos

Barbo Tigre - Barbus tetrazona

Origem - Sumatra, Bornéu;

Comprimento - Até 7 cm

Água - Pouco mineralizada, ligeiramente ácida;

Dimorfismo Sexual - O macho tem o ventre menos arredondado do que a fêmea e é mais colorido;

Coloração - Amarelo dourado, tornando-se mais claro na parte ventral. Quatro fixas verticais pretas. Parte superior dorsal vermelha. Caudal e dorsais vermelhas. Focinho rubro.

Bastante agressivos. Devem ser conservados em grupos numerosos, pois assim tornam-se mais amistosos, tanto entre eles como em relação aos outros peixes. É sensível à poluição da água. Para a sua reprodução, convém utilizar uma água um pouco menos mineralizada do que a de um aquário comunitário. Em água dura, os ovos têm a tendência a não se desenvolverem bem. O número de ovos pode ser da ordem dos 200 a 600 e eclodem entre 30 a 37 horas, a 28º C. Dois dias mais tarde, começam a nadar.

Cauda-de-Fogo - Labeo Bicolor

Origem - Tailândia

Comprimento - Até 15 cm.

Água - Não muito mineralizada e ligeiramente alcalina; 22-28º C.

Dimorfismo sexual - As fêmeas são mais robustas.

Coloração - Corpo preto e cauda vermelha.

O seu aquário deve ser pouco iluminado e apresentar bastantes "esconderijos". É um comedor de algas e como tal, auxiliar na limpeza do aquário. Entre si, são um pouco belicosos, mas para com os outros peixes, são geralmente inofensivos. A sua reprodução parece só ter sido conseguida por comerciantes tailandeses e em tanques exteriores.

Rabora Arlequim - Rasbora heteromorpha

Origem - Malásia, Tailândia, Sumatra.

Comprimento - Até 4 cm.

Água - Muito pouco mineralizada e ligeiramente ácida. 27-28º C.

Dimorfismo Sexual - O macho tem o ventre menos arredondado do que a fêmea e apresenta uma linha dourada na parte superior do triângulo.

Coloração - Parte anterior do corpo castanho avermelhado. Na metade posterior apresenta um triângulo azul escuro. Barbatanas dorsal e caudal carmim na base e amareladas nos bordos.

Este peixe é inofensivo, mesmo para outros bastante menores. Convém ter um pequeno grupo. A reprodução não é fácil e exige uma água francamente doce (até 4º dh) e bastante ácida (ph 5,5 - 6,5). A postura é efectuada na parte inferior da folha de uma planta, para o que os reprodutores se invertem totalmente. Os ovos, cujo número chega a 300 eclodem entre 24 e 48 horas. Durante este tempo, o aquário deve estar na obscuridade. Os alevins começam a nadar ao fim de 4 dias.

Caracídeos

Cardinal - Hyphessobrycon axerlodi

Origem - Parte superior do rio negro.

Comprimento - Até 5 cm.

Água - pouco mineralizada e ácida; 23-30º C.

Dimorfismo Sexual - O macho é mais esguio.

Coloração - Parte superior do corpo acastanhada, ventre vermelho luminoso. Faixa horizontal azul metalizado.

Inofensivo. É aconselhável dar-lhe um aquário pouco iluminado e bem plantado. Por vezes, é atacado por uma doença designada por "plistophora", cujo principal sintoma é a descoloração da faixa azul. Para a sua reprodução, deve utilizar-se uma água de dureza entre 1 e 4 dh e de ph 6,3 a 6,8. Os ovos são semi-adesivos e muito sensíveis à luz. A eclosão dá-se em 24 horas.

Néon - Hyphessobrycon innesi

Origem - Amazonas .

Comprimento - Até 4 cm.

Água - Ligeiramente ácida e pouco mineralizada. 21-28ºC.

Dimorfismo sexual - A fêmea tem o perfil do ventre mais arredondado.

Coloração - Dorso acinzentado, ventre prateado. Faixa azul metalizado desde o olho até à barbatana adiposa. Banda vermelha luminosa desde o início da anal até ao pedúnculo caudal.

É inofensivo. É aconselhável dar-lhe um aquário pouco iluminado e bem plantado. Por vezes, é atacado por uma doença designada por "plistophora", cujo principal sintoma é a descoloração da faixa azul. Para a sua reprodução deve utilizar-se uma água de dureza entre 1 e 4 dh e de ph 6,3 a 6,8. Os ovos são semi-adesivos e muito sensíveis à luz. A eclosão dá-se em 24 horas.

Gracilis - Hemigrammus gracilis

Origem - Da Guiana até Paraguai

Comprimento - Até 4,5 cm.

Água - Pouco mineralizada e ligeiramente ácida; 23 a 27º C.

Dimorfismo sexual - Pouco aparente. Só na época de reprodução a fêmea apresenta o ventre mais arredondado.

Coloração - Esverdeado e translúcido, com uma faixa horizontal vermelha luminosa que vai da parte superior do olho até ao pedúnculo caudal.

Bastante pacífico, deve ser conservado em grupos num aquário bem plantado, para mostrar melhor o seu colorido. A reprodução requer um pouco de experiência. Os ovos, como os muitos outros Caracídeos, não devem apanhar luz e eclodem em três dias.

Peixe-lápis de três faixas - Nannostomus trifasciatus

Origem - Guiana Britânica, médio Amazonas, Rio Negro.

Comprimento - Até 6 cm.

Água - pouco mineralizada e ácida; 23-28º C.

Dimorfismo sexual - Fêmea menos colorida e com o ventre arredondado.

Coloração - Dorso castanho claro, passando a branco no ventre. Três faixas pretas horizontais. Tem também manchas vermelhas na base das barbatanas ímpares.

Convém dar-lhe um aquário bem plantado e povoado de espécies pequenas. A sua reprodução é difícil. Deve utilizar-se água muito pouco mineralizada e ácida. Os ovos, em pequeno número, eclodem em 24 horas a 27º C.

Olho-de-fogo - Hemigrammus ocelifer

Origem - Região setentrional da América do Sul.

Comprimento - Até 4,5 cm.

Água - Pouco mineralizada; 23-28º C

Coloração - Corpo esverdeado prateado. Mancha preta no pedúnculo caudal. parte superior da íris e do pedúnculo caudal vermelhos. Primeiro raio das barbatanas dorsal e anal branco.

Ideal para um aquário comunitário. Bastante pacífico, deve ser conservado em grupos e num aquário bem plantado, para mostrar melhor o seu colorido. A reprodução é relativamente fácil: os ovos não devem apanhar luz e eclodem entre 48 a 60 horas, a 26º C.

Tetra Imperador - Nematobrycon palmeri

Origem - Região setentrional da América do Sul: Colômbia.

Comprimento - Até 6 cm.

Água - Ligeiramente Ácida e pouco mineralizada; 23-28º C.

Dimorfismo Sexual - Macho mais colorido e com os primeiros raios da dorsal e anal mais desenvolvidos.

Coloração - Dorso castanho escuro, passando a amarelo no ventre. Faixa horizontal azul escuro, passando a amarelo no ventre. Faixa horizontal azul luminosa. Barbatanas amarelas.

Pacífico, tem preferência por se agrupar em pares, em vez de se juntar em cardumes. A sua reprodução não é fácil e necessita de uma água pouco mineralizada e ácida. A temperatura deve ser de 24 a 26º C. Os ovos são conservados na escuridão total.

Ciclídeos

Peixe-Anjo, Escalar

Origem - Bacia do Amazonas.

Comprimento - Até 10 cm.

Água - Medianamente mineralizada e um pouco ácida; 23-30º C.

Coloração - Prateado com quatro faixas pretas verticais. Existem algumas variedades, das quais as mais conhecidas são o "fantasma", o "dourado" e o "preto".

O seu aquário deve ter uma altura compatível com o seu tamanho e apresentar uma boa plantação. Geralmente pouco agressivo, é no entanto prudente não o juntar a peixes muito pequenos. Nunca deve, por exemplo, estar junto com o Néon, já que este pequeno peixe é literalmente um petisco para o Escalar. A sua reprodução requer alguns cuidados, tanto na escolha e preparação do casal como na qualidade da água, a qual deve ser um pouco mineralizada e um pouco ácida. A postura é colocada numa folha ou numa pedra mas de preferência em posição perto da vertical. É habitual os reprodutores comerem os ovos, pelo que é de aconselhar uma incubação artificial. A eclosão dá-se em dois dias a 29º C.

Peixes-labirinto

Betta, Combatente - Betta splendens

Origem - Tailândia, Malásia.

Comprimento - Até 10 cm.

Água: De preferência velha; 23-32º C.

Dimorfismo Sexual - Os machos são mais coloridos e têm as barbatana maiores.

Coloração - Foram desenvolvidas muitas variedades: verdes, azuis, vermelhos...

Gostam de um aquário com água velha e com plantas flutuantes. São agressivos, tanto entre si como para os outros peixes. Os machos lutam inevitavelmente entre si, de barbatanas distendidas e opérculos abertos, pelo que são utilizados no Oriente em lutas organizadas, onde se fazem apostas avultadas. A coloração vistosa e as barbatanas grandes foram conseguidas através de selecção e não existem nos exemplares selvagens. A sua reprodução é fácil: basta ter um macho e uma fêmea compatíveis. O macho faz um ninho de bolha à superfície, onde são colocados os ovos, em número de 300 a 500. A eclosão dá-se em 30 a 40 horas a 30º C e os alevins mantêm-se no ninho durante os três dias de reabsorção do saco vitelino.

Gourami anão - Colisa laila

Origem - Índia.

Comprimento - Até 6 cm.

Água - Medianamente mineralizada e neutra; 22-30º C.

Dimorfismo Sexual - O macho é bastante mais colorido.

Coloração - No macho, faixas alternadas vermelhas e azuis, em diagonal. Na fêmea, faixas castanhas em diagonal sobre fundo mais claro.

Gosta de um aquário bem plantado e recebendo alguma luz solar. É conveniente juntar alguns vegetais ao seu regime alimentar, para que não mordisque as plantas mais tenras. São geralmente pacíficos para os companheiros de cativeiro. A sua reprodução é fácil e não necessita de um aquário muito grande. O macho faz um ninho de bolhas à superfície, reforçado por fragmentos vegetais, sendo por vezes ajudado nesta tarefa pela fêmea. Os ovos, guardados pelo macho, eclodem em 24 horas a 28º C e passados 2 a 3 dias os alevins já nadam.

Gourami Pérola - Trichogaster leeri

Origem - Malásia, Sumatra, Bornéu, Tailândia.

Comprimento - Até 12 cm.

Água - pouco mineralizada e ligeiramente ácida; 23-30º C.

Dimorfismo Sexual - O macho é mais colorido e com a dorsal maior e pontiaguda na parte posterior.

Coloração - Corpo prateado azulado com pontos pérola. Uma linha horizontal preta desde a boca até ao pedúnculo caudal.

Este peixe é um pouco sensível e enquanto pequeno é geralmente pacífico. O seu aquário deve ter a luz filtrada por plantas de superfície. A sua reprodução não é muito fácil. O macho faz um ninho de bolhas à superfície e guarda os ovos, cujo número pode chegar a 2000. A eclosão dá-se em 28 horas, a 28-29º.

Peixes-gato

Peixe-Gato de Adolfo - Corydoras adolfi

Origem - Nos braços de água límpida do Rio Negro, Brasil

Comprimento - Até 5 cm.

Dimorfismo sexual - As fêmeas adquirem uma forma ligeiramente mais robusta quando transportam os ovos.

Uma das espécies mais bonitas dos Corydoras, distingue-se pelo elevado preço a que é comercializado. É um peixe pacífico, ideal para aquários comunitários. É relativamente fácil de reproduzir, depositando os ovos ao acaso.

Pangacídeos

Tubarão Martelo - Pangasius sutchi

Origem - Grandes rios da Tailândia.

Comprimento - Até 45 cm. 

Dimorfismo Sexual - Os machos têm riscas mais escuras e são mais delgados do que as fêmeas.

A sua reprodução em cativeiro é desconhecida. São quase sempre instalados isoladamente no aquário, o que não encoraja a sua adaptação em cativeiro. Estes peixes vivem em cardumes numerosos nos maiores rios asiáticos, especialmente em zonas onde existem rápidos. Em cativeiro podem tornar-se muito nervosos, causando grandes danos a si próprios, pois investem contra a tampa e as paredes laterais do aquário quando são perturbados. É um peixe apenas para aquários de grandes dimensões.