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Lebistes macho (à esquerda) e fêmea (à direita).
Espécie:
P. reticulata
Poecilia reticulata
Peters, 1859
O Barrigudinho, também chamado de Guppy ou lebiste (Poecilia reticulata) é um belo peixe ornamental de comportamento pacífico, originário da América Central e América do Sul, com vida de aproximadamente 2 anos, usado em exposições aquarísticas. O guppy é um animal ovovivíparo da família dos poecilídeos. O comprimento do macho adulto é de aproximadamente 5 centímetros e o da fêmea, 7 cm.
Pode ser facilmente encontrado em rios do Sudeste do Brasil, mesmo poluídos, sendo muitas vezes confundido por leigos com girinos. Em sua forma original, possui um tom cinzento, porém a partir de cruzamentos em cativeiro costuma adquirir cores fortes, dos mais variados tipos[1].A partir daí, existem diversas "raças", ou "matrizes", que podem ser comercializadas por um preço considerável[2].
O barrigudinho em sua forma original não costuma ser utilizado para aquariofilia, sendo o guppy propriamente dito suas variantes coloridas.
Índice
[esconder]- 1 Distribuição e diversidade
- 2 Histórico da nomenclatura
- 3 Ecologia e comportamento
- 4 Alimentação
- 5 Referências
- 6 Ligações externas
[editar] Distribuição e diversidade
No seu ambiente natural, na América do Sul e nas Caraíbas, os guppies são normalmente encontrados em populações isoladas, habitando pequenos riachos e lagos de diversos tamanhos.
Espalhadas por vários países de clima tropical ou subtropical, existem também populações de guppies, formadas a partir de peixes que escaparam para a natureza ou que foram deliberadamente introduzidos, para ajudar a combater a doença da malária (entre as principais fontes de alimento dos guppies encontram-se as larvas de mosquito). Por ser um comedor de superfície e adorarem alimentos vivos como as larvas de mosquito, alguns municípios de São Paulo estão usando para combater o mosquito da Dengue com muito sucesso[carece de fontes].
[editar] Histórico da nomenclatura
Talvez devido à sua grande área de propalação, foi favorecida a formação de variedades de cores e outras pequenas diferenciações no Guppy . Como, na época em que o Guppy foi encontrado primeiramente para a descrição e classificação, uma das características principais que determinavam o enquadramento na nomenclatura científica era a cor, torna-se compreensível que o Guppy passasse a adquirir uma sinonímia incomparavelmente grande.
O antigo museu da Academia de Ciências de Berlin recebera uma remessa de peixes (conservados), provenientes da Venezuela , que fora entregue ao funcionário da seção ictiológica, WILHEM C. h. PETERS ( 1815 - 1883 ). Este publicou , no dia 9 de Junho de 1859 , uma nota no boletim da Academia , descrevendo uma nova espécie , denominando-a POECILIA RETICULATA , proveniente do rio Guayre. Vale a pena ressalvar que a remessa de peixes só continha , entre outras espécies , um exemplar feminino de Guppy , o que parcialmente vai explicar a confusão que em seguida surgiu em torno do nome científico do Guppy. Em 1861, o Museu de Turim recebeu alguns exemplares e FILIPPI ( 1814 - 1867 ), baseado na formação do gonopódio, que divergia bastante dos demais Poecilídeos até então conhecidos , achou correto chamá-lo de LEBISTES POECILOIDES . Cinco anos mais tarde, ALBERT C. GUENTHER ( 1830 - 1914 ) deu-lhe o nome de GYRARDINUS GUPPYI, numa homenagem ao remetente: Reverendo ROBERT JOHN LECHMERE GUPPY, que lhe mandara uma remessa coletada na Ilha de Trindade, pois achou que merecia classificação bem distinta das Poecilias.
Ao total foram três classificações independentes do mesmo peixe. Além disso, após esse período, tendeu-se a classificar o peixe ora como espécie, ora como uma subespécie, pertencendo a um ou outro gênero.
[editar] Ecologia e comportamento
A variedade de padrões e cores é enorme entre as várias populações, inclusive, em linhagens albinas. Os que partilham o seu habitat com espécies de peixes predadores têm normalmente cores menos vívidas, enquanto que os que não têm de lidar com esse problema têm cores mais exuberantes. Na reprodução, os genes de peixes mais ou menos coloridos são favorecidos de acordo com este tipo de fatores.
Pode acontecer que entre os machos da espécie haja comportamentos agressivos (por exemplo morder as barbatanas), como também acontece entre outras espécies como os platys e os cauda de espada, ou ocasionalmente com outras espécies de barbatanas vistosas como os escalares.
Os guppys criam de uma forma fácil, basta fazer com que o macho se interesse pela fêmea para a fecundar e logo de seguida colocar a mesma numa maternidade de forma que quando os alevinos nascerem tenham logo local para poderem nadar seguros (o melhor mesmo é ter o aquário com muitas plantas para os bébés se esconderem, assim evita-se que sejam devorados pelos pais). Os alevinos podem ficar até 2 dias sem alimento, pois nascem com um saco vintelino. Os guppys são ovovivíparos[3].
Devido aos cruzamentos sucessivos surgiram inúmeras variedades de cauda de guppy
[editar] Alimentação
Os Guppys podem ser alimentados várias vezes ao dia desde que seja em pequenas porções, o cardápio pode ser variado e incluindo alimentos vivos como por exemplo artêmias salinas ou enquitréias. Se acha também no mercado alimentos congelados tipo artêmias congeladas ou bloodworms congelados. Os alimentos industrializados também são bastante apreciados, mas sempre em pequenas porções, nunca deixe sobrar comida no fundo do aquário.
Referências
- ↑ http://www.agostinhomonteiro.com.br/Hereditariedade_do_Guppy.htm
- ↑ http://www.cleyson.com.br/guppy/matrizes.php
- ↑ Guppy ou Lebistes (exemplo de peixe ovovivíparo) em SaúdeAQnimal.com – Zoo virtual acessado a 29 de maio de 2009
[editar] Ligações externas
- Guppy
- Guppy selvagem