Íctio / Íctiofitiríase


"Doença dos Pontos Brancos" - Saiba tudo sobre a doença mais comum em aquários e seus tratamentos:













Agente Etiológico: Ichthyophthirius multifiliis. 

Filo: Ciliophora
Classe: Oligohymenophorea 
Ordem: Hymenostomatida
Família: Ophryoglenina
Gênero: Ichthyophthirius
Espécie: I. multifiliis

  •  Descrição: Ichthyophthirius multifiliis Fouquet, 1876 é um protozoário ciliado ectoparasito causador da “doença dos pontos brancos” que se aloja na epiderme e brânquias de peixes. Ectoparasito de baixa especificidade de hospedeiro permanece no epitélio da superfície corporal ou brânquias até alcançar cerca de 1 mm, no qual deixa o hospedeiro para se desenvolver em tomonte e posteriormente liberar terontes infectantes.
    • Sintomas: Pequenos pontos brancos visíveis (1mm de diâmetro) em todo o corpo do peixe (nadadeiras, opérculos, nadadeira peitoral, etc) e brânquias. Esses pontos brancos são os cistos, ou melhor as feridas causada por eles. Depois que o parasita se desenvolveu bastante o peixe fica com uma espécie de "cordão" branco, onde solta milhares de novos parasitas para contaminar outros peixes. Os peixes começam a se coçar no fundo e em objetos do aquário, pode ocorrer a respiração ofegante, mudam de comportamento, ficam mais parados e no fundo do aquário.

      • Transmissão e ocorrência: É uma doença muito comum em aquários pequenos e médios, causados geralmente pela baixa da imunidade dos peixes, estes devido a diversos fatores relacionados a falta de cuidados, sendo estes:
                          - Queda rápida/brusca da temperatura da água: É um dos fatores que mais contribuem para a infestação de Íctios, até mesmo para os peixes de água fria, já que a queda rápida da temperatura é muito prejudicial a qualquer peixe, por isso indicamos idependente do aquário, que tenha um termostato para controlar a temperatura, evitando assim diversas doenças como a aqui estudada.
                          - Alimentação Inadequada: Causando a queda da imunidade do peixe.
                          - Estresse: O estresse pode ser causado pela má qualidade da água, pelo ambiente inadequado, etc...
                          - Introdução de peixe, plantas, água, objetos, filtros, pedras, etc... contaminados! 
      • Prevenção:
                          - Controle da Temperatura: Idependentemente do peixe.
                          - Alimentação Adequada.
                          - Evitar situação de estresse para o peixe. 
                          - Antes de introduzir novos peixes e plantas, deixá-los de quarentena.
                          - Observar bem os peixes na hora da compra.
                          - Ver as dicas de Manutenção do Aquário (clique aqui), Controlole da Temperatura (em construção), em construção  
      • Tratamentos: Existem diversos tipos de tratamento, dentre eles os mais eficientes:
           Obs.: Se possível tenha um "Aquário Hospital (clique aqui em construção)", que serve apenas para o tratamento de peixes doentes, facilitando o tratamento e diminuindo a infestação da doença.
           Obs.:  Desligar a luz durante e em todos os tipos de tratamento e se possível bloquear a luz, pois o íctio não se prolifera no escuro.
           Obs.: Realize TPA's (trocas parciais da água) de 1/3 da água diariamente, através da sinfonagem (clique aqui).  
           Obs.: Desligue o filtro e matenha o oxigenador sempre ligado. 
           Obs.: Se não tiver oxigenador deixe o filtro ligado, mas retire as mídias de carvão ativado e o filtro biológico. 
      1. Através da Elevação da Temperatura: Elevar a temperatura da água até 29°C para peixes de água fria e 31°C  para peixes tropicais. Dificultando a reprodução do íctio, acelerando seu ciclo e facilitando a reação dos remédios (combinação mais eficiente) ou até mesmo a morte dos protozoários a longo prazo.
      2. Remédios: Sabe-se que o ícitio é vulnerável a azul de metileno e ao verde de malaquite, sendo a composição de vários remédios comercializados, como:
                        - Íctio Labcon (Fabricante Alcon) - Muito eficiente quando combinado a elevação da temperatura da água.




      Aplique o produto no aquário à noite ou nos períodos de menor incidência de luz.

                Dosagem:
                Aplique o produto diretamente na água do aquário, na proporção de 1 gota para cada 2 litros, até regressão dos sintomas.
                Exclusivamente para casos de Oodiniose use uma gota por litro.
                Repita as aplicações a cada 48 horas.

      Preocupações de Uso:

      • Não é recomendado a utilização do produto em peixes que apresentam hipersensibilidade ao principio ativo do medicamento, como: peixe faca, tetra-neon e alguns peixes sem escamas.
      • Verifique a dureza em carbonatos (KH) ou alcalinidade da água antes de aplicar o produto. Não é recomendável o uso do produto em águas com KH inferior a 50 ppm (3 °dH).
      • Não é recomendado a utilização de Labcon Protect Plus durante o tratamento com Labcon Icitio. Para remoção do cloro, nas trocas parciais, utilize Labcon Cloro Test.
      • Labcon Ictio normalmente muda a coloração da água,  em aproximadamente 48 h após o termino do tratamento a água retorna a sua coloração normal. Porém pode haver manchas no silicone, dependo da qualidade do material.
                        - Costapur F (Fabricante Sera)

      Modo de Uso: (Agite bem antes de Usar!) Dose normal: No 1º e no 3º dia adicione 22 gotas ou 1 ml por cada 40 litros de água do aquário, em casos mais graves repita a dose ao 5º e ao 7º dias. Um leve aumento, simultaneamente da temperatura e do arejamento, acelera o processo de cura das doenças. Durante o tratamento, retire o carvão do filtro e desligue a lâmpada Ultra-violeta. Depois de terminado o tratamento, recomendamos uma mudança parcial da água e a utilização do Sera super carbon. Para aumentar a resistência as doenças, utilize o complexo vitamínico Sera fishtamin (cura com vitaminas).  

                     - Mydor Ick-Ease (Fabricante Mydor)

       - Em sua fórmula três ingredientes que desalojam da pele e exterminam esse parasita.  

      - Uso apenas em água doce 

      - 9 gotas a cada 4 litros  
       
            3.  Aplicação de banhos com sal (Não é muito eficiente): 
                           - Colocando sal grosso na água, 10g a cada 10 litros por aproximadamente uma semana.  - Consiste em adicionar sal aquário até uma gravidade específica de 1,002 g / cm 3, é conseguida, como os parasitas são menos tolerantes ao sal do peixe. Isto não é prático em viveiros, porque até mesmo uma solução de sal de luz de 0,01% (100 mg / L, água pura a 4 ° C ou 39 ° F), o que requer grandes quantidades de sal. O peixe pode ser imerso em uma 0,3% (3 g / L, água pura a 4 ° C) durante trinta segundos a vários minutos, ou podem ser tratadas num banho prolongado, a uma concentração mais baixa (0,05% = 500 mg / L ; água pura a 4 ° C). 

      • Ciclo da doença:
      1. Trofonte - São os pontos brancos que na verdade são pequenas feridas na pele do peixe, infeccionadas também por bactérias e fungos. Logo abaixo de cada ponto branco existe um cisto contendo centenas de parasitas se multiplicando. Nesta fase, a medicação não surte qualquer efeito. 
      2. Tomonte - Quando os cistos amadurecem, eles se rompem liberando milhares de indivíduos na água e desenvolvem uma camada gelatinosa ao redor de sí, após assim que sai do cisto estes se aderem ao fundo, pedras, substratos.
      3. Teronte - Quando os tomontes estão maduros eles são liberados novamente na água e nadam à procura de um hospedeiro para dar continuidade ao ciclo. Fiquem atentos, pois é somente nesta terceira fase que a medicação surte efeito.